segunda-feira, 21 de junho de 2010

A maior de todas as mulheres


Pois é gente, tava demorando pra escrever um post para as mães. Pelo levantamento que eu fiz, a maioria dos leitores do blog são mulheres jovens e que possuem um relacionamento estável, mas poucas são mães. Entretanto, todas nós temos em nossa história uma mulher que consideramos como mãe, pode ser a avó, a tia, amiga mais velha, aquela que sabe nos acalentar, acolher, cuidar, abraçar, amar.
Tenho um carinho e respeito imenso por essas mulheres que fazem parte da minha vida, mesmo porque, faz alguns anos que percebo mudanças no comportamento de minha mãe (a biológica)!
Ela sempre foi meu modelo de mulher perfeita: linda, culta, educada, honesta, divertida, as lembranças mais gostosas que tenho de minha mãe são dela sorrindo, sempre rodeada de amigos e brilhando em qualquer lugar.
Como temos gênios idênticos, discutíamos muito, ela era meio repressora e eu queria liberdade, coisas de adolescente rebelde e chata. Isso com o tempo foi passando, mas o comportamento dela foi mudando e eu não percebi.
De alguns anos pra cá, ela começou a se distanciar do mundo. Não saia mais tanto de casa, começava as coisas e não finalizava, começou a passar mais tempo no computador do que fazendo qualquer outra coisa. E foi aí que eu perdi a minha mãe.
Nunca vou aceitar uma mulher radiante como ela se entregar pra depressão desta forma. Não havia motivos pra ficar desta forma. Se algo não está legal, mude, mas não se entregue. Ela está insatisfeita com a vida, e não faz absolutamente NADA pra mudar. E, com isso, acaba fazendo os outros que estão a seu redor sofrerem cada vez mais, porque se preocupam e querem que ela saia deste vício, doença ou seja lá o que for isto, se ela mesma não aceita que há alguma coisa.
Dói, mas temos que tocar a nossa vida.
Já fui chamada de egoísta e dos piores nomes pela minha própria mãe, tudo por tentar fazê-la enxergar que a cada dia mais ela se enfia no próprio túmulo. Dói, porquê não sei mais o que fazer, e quem está ficando doente sou eu, por tentar aguentar esta barra.
Tem dias que são dificeis...
Desculpa aí o desabafo.

2 comentários:

  1. Oi colega de blog, mais uma vez quero parabenizá-la por seus posts! ADORO!
    Veja só, ás vezes temos que enfrentar esses dias difíceis mesmo! Parece-me até que os dias difíceis são mais compridos que os dias "normais", concorda? Mas vem aí a tal pergunta: O que seria do ser humano sem os dias difíceis? Imagine tudo simples demais, eternamente... Não conseguiríamos viver. O ser humano é mutável, gosta de novas situações, enjoa da rotina, modifica seus hábitos, cansa de tantas mudanças, vive na mesmice e então adoece. Somos uma caixinha de surpresas. Entendo perfeitamente a fase da sua mãe, pois a minha já passou pela depressão também. Tenho certeza que com seu apoio, com sua energia positiva, você conseguirá modificar esse estado que ela se encontra agora. Permita-me uma sugestão: FÉ! Quem tem fé não se preocupa com nada. Tudo bem que é meio abstrato, eu penso assim ás vezes, mas já consegui tantas coisas exercitando minha fé! A recuperação da minha mãe foi uma delas! Quando pensamos positivo, tudo muda. Procure ler textos com mensagens positivas pra sua mãe. Se ela tem religião ou simpatiza com alguma, estimule-a ao encontro desta FÉ que eu falo. Esse é o primeiro passo. Ela precisa redescobrir que a vida dela é importante, primeiramente pra Deus e depois pra todos que a rodeiam. É normal você tentar modificar o rumo das coisas e não consiguir. Acontecia comigo também. Mas eu fui bem persistente, não sosseguei enquanto minha mãe não apresentasse pelo menos uma mudança positiva em meio ha tanta negatividade e corpo mole.... A vida é assim mesmo. Sem os dias dificeis não nos fortalecemos para maiores obstaculos que nos aparecerem. E vc deve se perguntar o que de pior poderia acontecer se a pessoa que te deu a vida encontra-se tão mudada...? Pior seria se ela não estivesse mais entre vocês. Enquanto há vida, há esperança!! Não desista de resgatar o brilho da sua mãe, aquilo que tanto te orgulhava. Fará bem a você também! Conte comigo, certo? E desculpe pelo post imenso! Um beijo eum sorriso! ;)

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  2. Florzinha, em primeiro lugar não precisa pedir desculpas por nada... vc não tem culpa por estar passando por isso e muito menos a sua mãe... depressão é algo difícil e vem sem a gente pedir, a gente quer reverter a situação, mas não tem forças e nem coragem pra isso... a gente não sabe de onde vem e pq estamos nos sentindo os miseráveis da vida... tente uma abordagem mais leve com sua mãe... e se vc não está agüentando a barra sozinha, tente procurar ajuda... um psicólogo sim! Desta forma, vc estará ajudando a si mesma e vai conseguir meios para ajudar sua mãe tbem... é complicado para quem está de fora dizer para vc exatamente o que fazer, mas sempre que quiser um colinho extra, desabafar... estaremos aqui! Bjos
    Ich, Hausfrau
    www.ich-hausfrau.com.br

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