quinta-feira, 15 de outubro de 2009

It's a little too late for you to come back ;)

ó céus!
Acho que esse blog deveria ter sido feito com o intuito de questionar todas as dúvidas eternas que ficam em nossos corações. Porquê que nós mulheres, mesmo podendo ter qualquer homem, ainda insistimos em nos apaixonar pelos piores? E, mesmo sabendo de todos os erros cometidos, ainda ficamos balançadas e propensas a dar uma chance?

Ontem foi assim, o EX veio aqui, conversa vai, conversa vem, chororô, acabei tendo uma recaída. Afinal, uns beijinhos e amassos não fazem mal a ninguém, faz bem pra alma e para a pele ;)
Só que não é minha intenção voltar, não sei porque faço isso, preciso de sinceridade em um relacionamento, se o cara me enrolou, independente das justificativas que ele tenha me dado, nada disso vai mudar o fato de que ele errou, e errou feio. E eu também errei, porque com essa minha atitude de ontem acabei encorajando o moço a continuar suas investidas, e aí está a grande questão: é isso mesmo que eu quero (preciso) pra mim?

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

numa relax...


Aula de Saúde Coletiva, esperando a apresentação do meu projeto, e enquanto isso vou ouvindo essa música da etena diva, Cássia Eller. Fica aí a letra de presente pra vocês...

Beeeijos ;*

Diga que me odeia
Mas diga que não vive sem mim
Eu sou uma praga
Maria sem-vergonha do seu jardim
Mães assassinas
Filhas de Maria
Polícias femininas, nazis judias
Gatas, gatunas
Quengas no cio
Esposas drogadas, tadinhas, mal pagas
Toda mulher quer ser amada
Toda mulher quer ser feliz
Toda mulher se faz de coitada
Toda mulher é meio Leila Diniz
Garotas de Ipanema
Minas de Minas
Louras, morenas, messalinas
Santas sinistras
Ministras malvadas
Imeldas, Evitas
Beneditas estupradas
Toda mulher quer ser...
Paquitas de paquete
Xuxas em crise
Macacas de auditório
Velhas atrizes
Patroas babacas
Empregadas mandonas
Madonnas na cama
Dianas corneadas
Toda mulher quer ser...
Socialites
Plebéias
Rainhas decadentes
Manecas alcéias
Enfermeiras doentes
Madrastas malditas, super-homens zapatas
Irmãs La Dulce beaidétificadas

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Esse homem... o EX

Hoje acordei a fim de falar sobre aquele tipinho de ex namorado que, mesmo sendo ex, continua cismando em aparecer na sua vida. Mesmo depois de terminar, da choradeira toda, dos litros de sorvete consumidos, da etapa de dar a volta por cima e fazer coisas só pra levantar o ego e dizer "Oi baby, você perdeu, eu sou foda", nós ainda fraquejamos quando nos deparamos com este ser...

É complicado, seja lá qual foi o motivo do término, nós mulheres temos o dom (defeito?) de momentaneamente esquecer tudo de ruim que se passou e que levou ao fim da relação, e começamos a pensar no que nos atraía nele. Aquele sorriso com covinhas, o olhar penetrante, a lábia de malandro, a conversa envolvente, o jeitinho de andar, aqueeeeeeela pegada... Sucumbimos ao charme e depois ficamos nos corroendo em remorso: "ai meu Deus, porquê eu fiz isso?". A resposta: nós mulheres também gostamos de sexo fácil, e mesmo se não deu certo o lance com o rapaz, é mais fácil ter alguém que nós já conhecemos do que arranjar qualquer um só pra satisfazer os desejos da carne. Simples assim.
Só que o que revolta nas mulheres (inclusive em mim) é que, mesmo sabendo disso tudo, mesmo tendo ciência de que acabou e não tem mais volta, não conseguimos colocar uma pedra em cima do passado. Eu não entendo, por mais que se diga que não quer voltar a ficar junto. acabamos aceitando um convite pra jantar, um cineminha, rolam alguns beijos e aquela session... E depois ficamos nos remoendo. É dificil mesmo acabar e seguir em frente, ainda mais se temos alguém sempre ali para nós. Só que, se a relação teve um final, algum motivo teve, pode ter certeza. E não é agindo desta forma que as coisas se resolvem...
Vou tomar o meu caso como exemplo: meu ex era o cara menos aconselhável para se envolver. Traía a ex namorada a torto e a direito, tinha um monte de mulheres no pé dele, era independente e faz o gênero malandro. Não era o tipo de cara que chama minha atenção à primeira vista, lembro que quando fomos apresentados eu nem dei bola pra ele, e a criatura fazendo de tudo pra chamar minha atenção (típica criança grande). Mas tanto ele fez que acabei saindo com ele, um vez, duas, três, quando eu vi já estava completamente envolvida...
Foi uma coisa natural, começamos a namorar, estava gostando dessa vida que eu nunca tinha pensado em ter. Só que ele nunca se conformou que eu sou independente demais e tenho consciência de que ele não é o último nem o único homem da face da Terra: sempre tive muitos admiradores (depois da fase do Patinho feio na adolescência, até que virei gente), tenho muitos amigos homens, mas nem por isso dava bola para qualquer par de calças que se engraçasse comigo...
Bom, continuando: esse meu jeito de agir, de falar depois de já ter feito, de não pedir nada a ninguém, acabou deixando ele inseguro. Com a ex dele, ele mandava e desmandava, e a trouxa obedecia. Comigo ele nunca ia agir assim, e eu deixei bem claro que seria do meu jeito. Até porque, antes de me envolver mais sério, tive uma conversa com ele e esclareci alguns pontos, inclusive o de que eu não sou nenhuma criança e tenho maturidade o suficiente para entender quando as coisas não estão certas. Já tinha tido outro relacionamento parecido, e não queria que o final fosse o mesmo...

Conclusão: ele ficou tão inseguro, mesmo quando eu tentava demonstrar que era bobagem essas teorias dele, que ele foi procurar na ex o que não encontrava em mim. O meu macho alfa não aceitou que eu pudesse ser tão desejada quanto ele era pelas mulheres, e preferiu procurar a ex com medo de que eu largasse ele e ele ficasse só. Tolinho.
E agora está aqui, me ligando todos os dias, dizendo que me ama, que quer ficar comigo, que deu um basta com a outra. E eu enfraqueço, ainda gosto do canalha, não posso ficar perto dele que acende uma chama. Mas quando eu estou longe, começo a pensar racionalmente, e me lembro de tudo que aconteceu, dos motivos que ele me alegou para ter agido dessa forma. E não acho que fossem motivos suficientes.
Ó, eu escrevendo esse post e ele me ligando. Ontem ele veio aqui, conversamos conversamos e não chegamos a lugar algum. Ele pede uma chance, eu digo que ele precisa mudar por ele primeiro, pra ver se vai adiantar ou não. Não vai ser assim tão fácil quanto ele está acostumado.
Beeeeijos garotos(as) ;*

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Resposta ao Sílvio...

Buenas õ/
Já tinha pensado no post de hoje, ia ser só a continuação da história de ontem... Mas o comentário do Sílvio (obrigado querido!) me fez repensar sobre o modo como me expressei...
Acho que a maioria de vocês pensa que nós mulheres somos fúteis e só pensamos no exterior. Mas a verdade é que todas nós, sem exceção, já nos apaixonamos pelo cara mais gato da turma. Podem não confessar, mas já sentiram aquela atração e quiseram beijar o garoto. É aquele tal de amor platônico, que todas nós já sentimos.
Só que, após senti-lo e não serem correspondidas (por isso que é amor platônico, se fosse correspondido, não teria esse sobrenome pomposo ^^), mulheres podem tomar dois rumos:
  1. Ou sofrem com a desilusão, ficam traumatizadas, escondendo seus sentimentos do mundo e não acreditando novamente no amor;
  2. Ou mandam tudo à puta que o pariu, e passam a agir como os bofes que a fizeram sofrer, sem ter consideração pelo sentimento do próximo.

Eu, particularmente, me considero uma mistura dessas duas espécimes. Mas enfim, não é por isso que não vamos dar chance ao zé povinho que insiste em nos convidar para um happy hour depois do serviço. É que mulheres se desiludem com muita facilidade, e acabam descontando suas frustrações nos homens mais próximos dela (vide amiguinhos inofensivos, colegas de trabalho desinteressantes, aquele bom moço que tua mãe adoraria chamar de genro mas que não rola). A culpa não é nossa se somos seletivas demais! Se saímos com qualquer um, somos taxadas de vadias. Se nos preservamos, dizem que estamos nos fazendo de dificeis. Poupem-me!

Outro dia eu continuo a historinha. Fiquei com preguiça, estou revoltada, meu ex veio aqui no meu apartamento me encher o saco pra dar outra chance pra ele. Só de raiva, vou sair agora. Com um cara desses feitos pra namorar, mas que agora eu só quero para dar umas risadas e me divertir. Pois eu comprovei isso esta semana: é dificil pra vocês entenderem que nós eventualmente só queremos a amizade masculina (se é que isso existe)!

domingo, 11 de outubro de 2009

Primeira infância


Sabe, se tem uma coisa que me irrita e deixa confusa é quando eu tento entender porque nós mulheres acabamos caindo na lábia desses homens assumidamente canalhas, que nós sabemos que não prestam, mas, mesmo assim, ainda insistimos em querer dar mais uma chance. Mesmo as mulheres mais esclarecidas do mundo já acabaram se desiludindo com uma espécie destes...

Eles fazem com que fiquemos duras, medrosas em relação à outros amores, desconfiadas e nos sentindo péssimas. E aí, não há terapeuta que resolva: o estrago já está feito.


Eu sei muito bem porque fiquei do jeito que sou... [segue abaixo uma sessão remember, que ilustra o meu exemplo para que os homens pensem muito bem nas suas atitudes em relação às mulheres que os cercam].


Desde pequena, sempre fui do tipo de criança que chamava a atenção. Era espontânea, articulada, inteligentíssima, uma figurinha bem estilo Maysa (não sei se isso era bom ou ruim). Quando estava no jardim de infância, tive meu primeiro namoradinho, o Rafael. Lembro do nome dele porque até hoje a minha mãe guarda as cartinhas dele endereçadas à mim, naquela caligrafia de criança semi-alfabetizada e as ilustrações com bonequinhos-palito que simulavam nosso futuro casamento. E eu não suportava o coitadinho, esnobava ele horrores, minha mãe até hoje me joga na cara que eu não quis dançar quadrilha com ele, que desde criança era ruim com os homens, que pago pelos meus pecados... Coisas de mãe.


E o tempo foi passando, acabei me tornando um patinho feio, não havia mais admiradores mirins que me escreviam cartinhas me pedindo em namoro. Engordei na pré-adolescência, e mesmo todo meu talento não foi suficiente para evitar aqueles apelidos carinhosos que só os capetas do ensino fundamental podem dar: Free Willy, Rolha de Poço, Gorda, Obesa, Baleia Assassina, Filhote do Faustão...

Eu me revoltava, batia nos meninos, mas isso não evitou que eu me apaixonasse pelo menino mais lindo da classe, um moreninho de olhos verdes. Não lembro o seu nome, só lembro que era estranho, e que ele tinha hemofilia (nossa memória é uma coisa engraçada, não recordo o nome da criatura mas eu lembro da doença dele porque associei à propaganda do Betinho que tinha na época).

Me lembro de escrever milhares de cartinhas pra ele, e ele despedaçava meu coração, rasgando as cartinhas e jogando-as no lixo, na minha frente. Desisti da criatura, mas não da cisma de me apaixonar sempre pelos meninos mais lindos da turma. Só que deixei de demonstrar meus sentimentos, nunca mais assumi que estava amando. E comecei minha sina de sofrer sozinha, por medo de ser humilhada novamente...






Starting...

Madrugada de domingo, televisão ligada, eu aqui, estirada na cama pensando nas coisas que aconteceram em minha vida nos últimos 20 anos... Engraçado como quando nós mulheres nos decepcionamos com algo (ou alguém), começamos a pensar na vida, como se isso fosse ajudar-nos a resolver alguma coisa. hunf!
Enfim, resolvi, ao invés de recorrer ao velho método do pensamento-que-não-leva-a-lugar-algum, pensei em bolar um endereço como este, do tipo que eu gostaria de ter lido quando estava confusa e de cabeça quente. Algo que sirva como um apoio para as mulheres e um manual de instrução para os homens tentarem entender estas (por favor meninos, não sintam-se ofendidos, já aviso que o humor feminino é extremamente ácido quando estamos revoltadas com os senhores).

Meu nome neste espaço é Alinne, mas poderia ser Wanessa, Priscila, Bruna, Maria, Luísa, ou tantos outros. Aqui sou todas e não sou nenhuma. Prefiro adotar o anonimato por saber que muitas garotas irão se identificar com as histórias que eu vou contar aqui. Então, é como se cada uma de vocês estivesse registrando nesse espaço todas as angústias comuns a nós, mulheres de sorte.
Agora perguntem-me: porquê mulheres de sorte? As vezes parece que nada na vida está dando certo. Eu sou o meu exemplo: perdi meu emprego, a faculdade está um saco, terminei com meu namorado, estou desiludida da vida. Vocês devem estar se perguntando onde está a sorte aí, hein hehehe.
Pois bem. Não faço o gênero Polianna (aquela, do Jogo do Contente), e não sou, definitivamente, uma pessoa otimista. Mas, acredito que, se formos começar a ver as coisas sempre pelo lado ruim, nunca vamos sair do lugar.
E, quer saber? Não adianta naaaaaaada ficar se estressando por esse tipo de coisa. A vida é curta demais pra perdermos tempo chorando. Então, meninas, não se deixem abalar! Aproveitem a noite, saiam, divirtam-se, seduzam mas não se apeguem! E, meninos, não façam mulheres acreditarem em contos de fada. Fairy tales don't always have a happy ending.