
Pois é gente, tava demorando pra escrever um post para as mães. Pelo levantamento que eu fiz, a maioria dos leitores do blog são mulheres jovens e que possuem um relacionamento estável, mas poucas são mães. Entretanto, todas nós temos em nossa história uma mulher que consideramos como mãe, pode ser a avó, a tia, amiga mais velha, aquela que sabe nos acalentar, acolher, cuidar, abraçar, amar.
Tenho um carinho e respeito imenso por essas mulheres que fazem parte da minha vida, mesmo porque, faz alguns anos que percebo mudanças no comportamento de minha mãe (a biológica)!
Ela sempre foi meu modelo de mulher perfeita: linda, culta, educada, honesta, divertida, as lembranças mais gostosas que tenho de minha mãe são dela sorrindo, sempre rodeada de amigos e brilhando em qualquer lugar.
Como temos gênios idênticos, discutíamos muito, ela era meio repressora e eu queria liberdade, coisas de adolescente rebelde e chata. Isso com o tempo foi passando, mas o comportamento dela foi mudando e eu não percebi.
De alguns anos pra cá, ela começou a se distanciar do mundo. Não saia mais tanto de casa, começava as coisas e não finalizava, começou a passar mais tempo no computador do que fazendo qualquer outra coisa. E foi aí que eu perdi a minha mãe.
Nunca vou aceitar uma mulher radiante como ela se entregar pra depressão desta forma. Não havia motivos pra ficar desta forma. Se algo não está legal, mude, mas não se entregue. Ela está insatisfeita com a vida, e não faz absolutamente NADA pra mudar. E, com isso, acaba fazendo os outros que estão a seu redor sofrerem cada vez mais, porque se preocupam e querem que ela saia deste vício, doença ou seja lá o que for isto, se ela mesma não aceita que há alguma coisa.
Dói, mas temos que tocar a nossa vida.
Já fui chamada de egoísta e dos piores nomes pela minha própria mãe, tudo por tentar fazê-la enxergar que a cada dia mais ela se enfia no próprio túmulo. Dói, porquê não sei mais o que fazer, e quem está ficando doente sou eu, por tentar aguentar esta barra.
Tem dias que são dificeis...
Desculpa aí o desabafo.